sexta-feira, 25 de março de 2011

VISÃO DE ADULTO... VISÃO DE CRIANÇA...

Éramos a única família no restaurante com uma criança. Eu coloquei Daniel numa cadeira para crianças e notei que todos estavam tranquilos, comendo e conversando. De repente, Daniel gritou animado, dizendo: 'Olá, amigo!' , batendo na mesa com suas mãozinhas gordas. Seus olhos estavam bem abertos pela admiração e sua boca mostrava a falta de dentes. Com muita satisfação, ele ria, se retorcendo. Eu olhei em volta e vi a razão de seu contentamento. Era um homem andrajoso, com um casaco jogado nos ombros, sujo, engordurado e rasgado. Suas calças eram trapos com as costuras abertas até a metade e seus dedos apareciam através do que foram, um dia, OS sapatos. Sua camisa estava suja e seu cabelo não havia sido penteado por muito tempo. Seu nariz tinha tantas veias que parecia um mapa. Estávamos um pouco longe dele para sentir seu cheiro, mas asseguro que cheirava mal. Suas mãos começaram a se mexer para saudar...
 
'Olá, neném. Como está você?', disse o homem a Daniel.

Minha esposa e eu nos olhamos: 'Que faremos?'.

Daniel continuou rindo e respondeu,'Olá, olá,amigo'.

Todos no restaurante nos olharam e logo se viraram para o mendigo. O velho sujo estava incomodando nosso lindo filho. Trouxeram a comida e o homem começou a falar com o nosso filho como um bebê. Ninguém acreditava que o que o homem estava fazendo era simpático. Obviamente, ele estava bêbado. Minha esposa e eu estávamos envergonhados. Comemos em silêncio; menos Daniel que estava super inquieto e mostrando todo o seu repertório ao desconhecido, a quem conquistava com suas criancices. Finalmente, terminamos de comer e nos dirigimos à porta. Minha esposa foi pagar a conta e eu lhe disse que nos encontraríamos no Estacionamento. O velho se encontrava muito perto da porta de saída. "'Deus meu, ajuda-me a sair daqui antes que este louco fale com Daniel', disse orando, enquanto caminhava perto do homem. Estufei um pouco o peito, tratando de sair sem respirar nem um pouco do AR que ele pudesse estar exalando. Enquanto eu fazia isto, Daniel se voltou rapidamente na direção onde estava o velho e estendeu seus braços na posição de 'carrega-me'... Antes que eu pudesse impedir, Daniel se jogou dos meus braços para os braços do homem. Rapidamente, o velho fedorento e o menino consumaram sua relação de amor. Daniel, num ato de total confiança, amor e submissão, recostou sua cabeça no ombro do desconhecido. O homem fechou os olhos e pude ver lágrimas correndo por sua face. Suas velhas e maltratadas mãos, cheias de cicatrizes, dor e trabalho duro, suave, muito suavemente, acariciavam as costas de Daniel. Nunca dois seres haviam se amado tão profundamente em tão pouco tempo. Eu me detive, aterrado. O velho homem, com Daniel em seus braços, por um momento abriu seus olhos e olhando diretamente nos meus, me disse com voz forte e segura:

'Cuide deste menino'!

De alguma maneira, com um imenso nó na garganta, eu respondi: 'Assim o farei'. Ele afastou Daniel de seu peito, lentamente, como se sentisse uma dor. Peguei meu filho e o velho homem me disse:

'Deus o abençoe, senhor. Você me deu um presente maravilhoso'!

Não pude dizer mais que um entrecortado 'obrigado'. Com Daniel nos meus braços, caminhei rapidamente até o carro. Minha esposa perguntava por que eu estava chorando e segurando Daniel tão fortemente, e por que estava dizendo:

'Deus meu, Deus meu, me perdoe'!

Eu acabava de presenciar o amor de Cristo através da inocência de um pequeno menino que não viu pecado, que não fez nenhum juízo; um menino que viu uma alma e uns adultos que viram um montão de roupa suja. Eu fui um cristão cego carregando um menino que não o era. Eu senti que Deus estava me perguntando:

'Estás disposto a dividir seu filho por um momento?'

Quando Ele Compartilhou Seu Filho por toda a eternidade... O velho andrajoso, inconscientemente, me recordou...

Medite:
'Eu asseguro que aquele que não aceite o reino de Deus como um Menino, não entrará nele'. (Lucas 18:17)

Recebido por e-mail.

sexta-feira, 18 de março de 2011

ALGUEM PODE ME OUVIR?

Queridos,

Recebi este e-mail hoje e achei por bem publicá-lo no blog. Como diz um amado pastor “Deus nos deu uma boca de dois ouvidos, por que irmãos?”

MORAL DA HISTÓRIA:
FALAMOS DEMAIS, OUVIMOS DE MENOS!
DISCUTIMOS MUITO, DIALOGAMOS POUCO!!!

Em Cristo,

quinta-feira, 10 de março de 2011

BOA NOITE!

BOA NOITE
Mário Barreto França

Foi numa noite triste, uma noite chuvosa
que a notícia chegou, soturna e dolorosa,
à casa do Pastor: -"No centro da cidade,
houve um grande desastre: uma fatalidade!
Um ônibus chocou-se a um bonde e desse choque
saiu muito ferido o Reverendo Roque...
E de lá do hospital lhes mandava um apelo:
Para irem visitá-lo, irem depressa vê-lo,
pois talvez não tornasse a ver a luz do dia.. ."

Que notícia infeliz! Que noite amarga e fria!...
Quatro filhos e a esposa ergueram-se da mesa,
Movidos pela dor da trágica surpresa,
e saíram correndo em busca do hospital.
Entraram no seu quarto, o pastor fez sinal
para chegarem perto, e a cada qual falava
com o terno olhar de quem a todos venerava.

Dirigiu-se primeiro à esposa muito querida:
"Companheira fiel de toda minha vida,
juntos temos andado e pela mesma causa
trabalhamos com fé, sem um dia de pausa...
Hoje, como no dia em que te desposei,
és a mesma mulher e amiga a quem amei
e amo com o mesmo ardor dos meus vinte e dois anos,
como haverei de amar nos celestes arcanos...
Boa noite, esposa amada! Outra vez nos veremos
quando juntos, no céu, ao Senhor louvaremos."

"E a ti, Maria, que és minha primeira filha
e foste o meu prazer, seguindo a mesma trilha,
boa noite, filha! Agora em paz com Cristo vai,
e não te esqueças mais do meu amor de pai!"...

"Boa noite, meu Guilherme! Ó filho dedicado,
tua vida de fé em nosso lar sagrado
foi o mais belo exemplo, a melhor recompensa
que Deus me concedeu à luz de minha crença;
Continua a crescer nas virtudes cristãs
E sê o protetor de tua mãe e irmãs!"

"Célia, filha extremosa e cândida, boa noite!
Foste uma luz na treva, um bálsamo no açoite
da ingratidão do mundo... Ah! me recordo agora
daquele instante bom, daquela ótima hora
em que rendeste a Deus tua alma arrependida,
deixando-a ao Seu dispor pelo resto da vida...
Mais uma vez: boa noite, ó filha dedicada!
Que o Senhor te conserve em sua obra sagrada!"...

Carlos - terceiro filho - olhou o pai, sentido,
porquanto à irmã mais moça o havia preferido..
E o motivo lhe vinha inexoravelmente
ao triste coração, à alma convalescente:
Fora, há tempo passado, um bom servo da Seara
E ao lado de seu pai ativo trabalhara...
Mas, companheiros maus e a péssima influência
de colegas sem brio, arparam-lhe a consciência,
fazendo-o recuar, na batalha do amor
e apostatar da fé em Deus, nosso Senhor.
Chegou mais perto e ouviu o pai, triste, dizer:
"Adeus, Carlos! Adeus! Fugiste ao teu dever!...
Eu quisera poder falar-te as mesmas cousas
Que disse à tua mãe e irmãos...
Porém, nem ousas encarar-me...
Esquecestes os bons conselhos meus...
Porém eu te amo ainda!.. Adeus, Carlos! Adeus!"...

Carlos, caindo aos pés do leito, soluçando,
perguntou: "Pai, por que aos outros, osculando,
você disse: 'Boa noite'! e a mim só disse: 'Adeus'?
"É que aos outros, meu filho, espero-os lá nos céus,
para entoarmos a Deus, por nossa salvação,
o cântico eternal da nossa gratidão!"
"Meu pai! (Carlos confessa em lágrimas de joelhos)
Eu prometo a Jesus seguir os seus conselhos!
Eu já me arrependi! Eu lhe falo a verdade!
Vou dedicar a Deus a minha mocidade, servi-lo para sempre!"...
"Assim sendo, meu filho,
Posso agora dizer, sem nenhum empecilho:
"Boa noite, filho meu!"...E, tendo dito isto,
suavemente expirou... e descansou em Cristo.

Ó tu que andas gastando a tua mocidade nas orgias do mundo ou na incredulidade;
Tu que buscas na Ciência ou na Filosofia explicação para alma ou pra matéria fria;
Tu que não crês em Deus ou na vida futura;
Tu que vives sofrendo ao peso da amargura;
Ou tu que já seguiste o caminho da cruz e hoje negas, sem fé, o nome de Jesus;
Pára! Volta! Que a morte horrenda e traiçoeira pode cortar-te ao meio a alígera carreira
para o desconhecido!...

Então, o Eterno Deus apenas te dirá: - "Ó filho ingrato, adeus!
"Porém se, arrependido e em lágrimas, voltares ao aprisco de Deus, ao regaço dos lares,
ele então te dirá, cheio de paz e amor:
- "Boa noite! Entra, afinal, no gozo do Senhor!"

Recebido por e-mail.

SER SIMPLES...

SER SIMPLES...
“ Quando ouvimos falar de simplicidade logo nos vêm à mente pessoas despidas de adereços, lares onde se percebe a escassez de recursos financeiros e assim por diante. Todavia poderemos entender a simplicidade sob outro aspecto. Nem sempre as pessoas que não se enfeitam são simples e a recíproca é verdadeira.

Há pessoas que se vestem com aparente luxo mas são pessoas extremamente simples. A singeleza está na intimidade de cada criatura. Ser simples é não opinar sobre o que desconhece. É admitir-se capaz de cometer equívocos. É ser feliz com pouca coisa, ou com coisas simples. Ser simples é falar com sinceridade. É deixar-se emocionar diante de pequenos fatos. É permitir que as lágrimas rolem pelo rosto quando o coração solicita. Quem é verdadeiramente simples, percebe as grandezas da vida impressas nas coisas singelas da natureza.

Jesus foi um nobre exemplo de simplicidade. Possuidor de grandioso conhecimento em todas as áreas, soube ensinar sem arrogância. Portador das verdades divinas, teve o cuidado de não ofuscar as criaturas que com ele travavam contato. Conhecedor do universo, utilizou-se de coisas singelas para ensinar a Boa Nova. Falou do grão de mostarda, do óbolo da viúva, do semeador... Todos os Seus ensinamentos foram ministrados de maneira singela e exemplificados da mesma forma. Falou de maneira simples tanto aos doutores da lei quanto aos iletrados. Quando teve que falar com firmeza o fez com simplicidade. No seu nascimento, foi acolhido pela manjedoura singela e na sua morte a simplicidade coloriu sua face.

Lembrando esse Espírito grandioso que a Terra conheceu, vale a pena pensar um pouco a respeito da simplicidade e envidar esforços para sermos pessoas simples. E a simplicidade consiste em ter um coração predisposto ao perdão. Em ter sempre no olhar uma chama de esperança e nos lábios um sorriso gentil. Ter palavras e gestos que traduzam nossos sentimentos, sem afetação. E passos firmes na direção da felicidade tão desejada. Enfim, ser simples como o criador, que nos oferece a natureza bela e exuberante a cantar a simplicidade desde a aurora até o crepúsculo. Pense nisso! Os homens que se fizeram notar nos diversos campos do conhecimento humano, não o fizeram com afetação e pompa.Esses homens e mulheres que se revelaram protótipos da beleza nas Artes, nas Ciências e na Filosofia se engrandeceram através da simplicidade, usando as vestes da humildade. ”

Pensemos nisso!

Autor desconhecido.

quinta-feira, 3 de março de 2011

A CORUJA E O FALCÃO

Certa vez um homem observou uma coruja que estava junto à janela. Ela caiu e o distraiu da oração, mas ele não deu muito importância a ela. Nos outros dias, ele observou que a coruja permanecia naquele lugar e parece que se estabelecera ali. Dia após dia ele pôs-se a observar aquela coruja. Notou que ela quase não se movia. Começou a incomodar-se com aquela ave, ela ocupava mais tempo de sua atenção que a oração. Como veio parar ali, se não comia e uma vez até chegou a mexer com ela para ver se realmente era uma coruja de verdade. De tanto observar, notou que a ave era cega e isso encheu mais ainda sua cabeça de perguntas.
Até que um dia, notou que um falcão entrava na igreja com algo entre os bicos. Eram algumas minhocas ou algum inseto e que servia de alimento para a coruja. Ele maravilhou-se com o que viu e chegou a coçar os olhos para ver se enxergava direito: O falcão entrava na igreja para alimentar a coruja, da mesma forma como faria com um de seus filhotes.
Imediatamente o piedoso homem começou a louvar o Senhor e a se perguntar a razão de tamanho milagre. Pensou: “Deus cuida até dos pássaros com o cuidado de um pai”. Sentiu enorme consolação ao pensar em um Deus amoroso, que coloca um falcão para cuidar de uma mísera coruja. “O que não faria Deus por mim!”, dizia ele... Sentiu o coração vibrar ao perceber que Deus também cuidava dele com o mesmo carinho com que cuidava daquela ave. Moveu-se de grande emoção interior, sentindo que Deus lhe revelava algo único. Refletiu e decidiu vender tudo o que tinha e colocar-se ao único cuidado do Senhor. Ponderou que era apegado demais aos seus bens e que Deus o chamava para viver uma vida de pobre, como a coruja, dependendo unicamente da providência divina.
Saiu de sua casa, se desfez de seus bens e colocou-se como a coruja na porta da mesma igreja que costumava freqüentar aguardando a providência diária. No entanto começou a ter dificuldades. As pessoas o tinham conhecido como rico comerciante e não entendiam porque ele estava ali. Alguns achavam que tinha endoidecido; não lhe davam ajuda e ele começou a passar fome.
Desolado e entristecido, pensava que Deus tinha o abandonado. Renunciara a tudo para viver da providência Divina e Deus não lhe aceitou assim. “Por quê?”, dizia ele revelando sua desolação...
Procurou um pastor e expôs sua aflição... E o pastor lhe perguntou:
– “Você tem certeza que foi Deus quem lhe pediu para viver como a coruja?”
– “Claro, a experiência com a coruja me mostrou que Deus sempre cuida de quem precisa, eu não tinha como duvidar! Respondeu convicto”.
O pastor o olhou serenamente e com muita compaixão lhe perguntou:
– “Você tem certeza que Deus o chamava a ser coruja? Não achas que ele lhe estaria chamando a ser falcão?”
É evidente que se trata de uma história fictícia, mas se pensarmos bem, quantos hoje em dia agem assim? Muitos se abdicam de tudo para viver uma vida pobre que aguça a compaixão das pessoas. Não estou aqui a criticar aqueles que realmente são chamados por Deus para uma obra especifica... Sei que muitos pastores, missionários se abdicam de suas vidas em prol da obra, pois estes são verdadeiros falcões provendo o sustendo (a palavra de Deus) aqueles que necessitam... Deus os sustenta, pois são provedores... Mas aqueles que deixam de ser falcões e fingem ser corujas se acomodando creio que Deus diz: “Vai ter com a formiga, preguiçoso!”
Ele nos tem chamado para sermos falcões, libertando pessoas, levando amor, consolo e sustento. É claro que Deus nos trata como à coruja, mas nos chamou para sermos como o falcão. Temos o alimento para dar aos necessitados... Se você decidir assumir seu papel como falcão, Deus lhe conduzirá exatamente onde há uma coruja precisando de alimento.

Pense nisso...

Recebido por e-mail, adaptado por André Santos.