quinta-feira, 3 de março de 2011

A CORUJA E O FALCÃO

Certa vez um homem observou uma coruja que estava junto à janela. Ela caiu e o distraiu da oração, mas ele não deu muito importância a ela. Nos outros dias, ele observou que a coruja permanecia naquele lugar e parece que se estabelecera ali. Dia após dia ele pôs-se a observar aquela coruja. Notou que ela quase não se movia. Começou a incomodar-se com aquela ave, ela ocupava mais tempo de sua atenção que a oração. Como veio parar ali, se não comia e uma vez até chegou a mexer com ela para ver se realmente era uma coruja de verdade. De tanto observar, notou que a ave era cega e isso encheu mais ainda sua cabeça de perguntas.
Até que um dia, notou que um falcão entrava na igreja com algo entre os bicos. Eram algumas minhocas ou algum inseto e que servia de alimento para a coruja. Ele maravilhou-se com o que viu e chegou a coçar os olhos para ver se enxergava direito: O falcão entrava na igreja para alimentar a coruja, da mesma forma como faria com um de seus filhotes.
Imediatamente o piedoso homem começou a louvar o Senhor e a se perguntar a razão de tamanho milagre. Pensou: “Deus cuida até dos pássaros com o cuidado de um pai”. Sentiu enorme consolação ao pensar em um Deus amoroso, que coloca um falcão para cuidar de uma mísera coruja. “O que não faria Deus por mim!”, dizia ele... Sentiu o coração vibrar ao perceber que Deus também cuidava dele com o mesmo carinho com que cuidava daquela ave. Moveu-se de grande emoção interior, sentindo que Deus lhe revelava algo único. Refletiu e decidiu vender tudo o que tinha e colocar-se ao único cuidado do Senhor. Ponderou que era apegado demais aos seus bens e que Deus o chamava para viver uma vida de pobre, como a coruja, dependendo unicamente da providência divina.
Saiu de sua casa, se desfez de seus bens e colocou-se como a coruja na porta da mesma igreja que costumava freqüentar aguardando a providência diária. No entanto começou a ter dificuldades. As pessoas o tinham conhecido como rico comerciante e não entendiam porque ele estava ali. Alguns achavam que tinha endoidecido; não lhe davam ajuda e ele começou a passar fome.
Desolado e entristecido, pensava que Deus tinha o abandonado. Renunciara a tudo para viver da providência Divina e Deus não lhe aceitou assim. “Por quê?”, dizia ele revelando sua desolação...
Procurou um pastor e expôs sua aflição... E o pastor lhe perguntou:
– “Você tem certeza que foi Deus quem lhe pediu para viver como a coruja?”
– “Claro, a experiência com a coruja me mostrou que Deus sempre cuida de quem precisa, eu não tinha como duvidar! Respondeu convicto”.
O pastor o olhou serenamente e com muita compaixão lhe perguntou:
– “Você tem certeza que Deus o chamava a ser coruja? Não achas que ele lhe estaria chamando a ser falcão?”
É evidente que se trata de uma história fictícia, mas se pensarmos bem, quantos hoje em dia agem assim? Muitos se abdicam de tudo para viver uma vida pobre que aguça a compaixão das pessoas. Não estou aqui a criticar aqueles que realmente são chamados por Deus para uma obra especifica... Sei que muitos pastores, missionários se abdicam de suas vidas em prol da obra, pois estes são verdadeiros falcões provendo o sustendo (a palavra de Deus) aqueles que necessitam... Deus os sustenta, pois são provedores... Mas aqueles que deixam de ser falcões e fingem ser corujas se acomodando creio que Deus diz: “Vai ter com a formiga, preguiçoso!”
Ele nos tem chamado para sermos falcões, libertando pessoas, levando amor, consolo e sustento. É claro que Deus nos trata como à coruja, mas nos chamou para sermos como o falcão. Temos o alimento para dar aos necessitados... Se você decidir assumir seu papel como falcão, Deus lhe conduzirá exatamente onde há uma coruja precisando de alimento.

Pense nisso...

Recebido por e-mail, adaptado por André Santos.

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