sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NOSSOS VELHOS




NOSSOS VELHOS

Pais heróis e mães heroínas do lar. Passamos boa parte da nossa vida acreditando nisso.
Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça.
A mãe heroína do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá de implicar com a empregada.
Aí surge a seguinte pergunta: O que meu pai e minha mãe fizeram para caducar de uma hora para outra?
Envelheceram... Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso.
Um belo dia eles perdem a paciência e adquirem umas manias bobas.
Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional.
Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam.
Não fazem mais planos em longo prazo, agora se dedicam a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu.
Estão com manchas na pele. Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.
É complicado aceitar que nossos heróis e heroínas já não estão no controle da situação.
Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina. Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo.
Ficamos irritados e alguns chegam a gritar se eles se atrapalham com o celular ou outro equipamento e ainda não temos paciência para ouvir pela milésima vez a mesma história que contam como se acabassem de tê-la vivido.
Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.
Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi.
Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.
Com todas as nossas irritações, só provocamos mais tristeza àqueles que um dia só procuraram nos dar alegrias.
Por que não conseguimos ser um pouco do que eles foram para nós? Quantas noites estes heróis e heroínas passaram ao lado de nossa cama, medicando, cuidando e medindo febres!
E nós ficamos irritados quando eles se esquecem de tomar seus remédios, e ao brigar com eles, os deixamos chorando, tal qual crianças que fomos um dia.
É uma enrascada essa tal de passagem do tempo. Ensinam-nos a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros...
Ainda mais quando os outros são nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar e sabíamos que estariam com seus braços abertos, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.
Façamos por eles hoje o melhor, o máximo que pudermos, para que amanhã quando eles já não estiverem mais aqui conosco, possamos lembrar-nos deles com carinho, de seus sorrisos de alegria e não das lágrimas de tristeza que eles tenham derramado por nossa causa.

Afinal, nossos heróis de ontem... Serão nossos heróis eternamente...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

PORQUE GRITAMOS?



Um dia um pensador fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.

- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado, questionou o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas, nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:

- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida?

O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância, precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.

Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?

Elas não gritam. Falam suavemente. E por que?

Porque seus corações estão muito pertos. A distância entre elas é pequena. As vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui dizendo:

"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta." (Mahatma Gandhi)

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

MEMBRO ISOLADO



Membro isolado



Um membro de uma determinada igreja na qual participava regularmente, sem nenhum aviso deixou de participar. Após algumas semanas, o Pastor da igreja decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria, o pastor encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante de um brilhante fogo. Supondo a razão para a visita, o homem deu-lhe boas-vindas, conduziu-lhe a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto esperando. O pastor se fez confortável mas não disse nada. No silêncio sério, contemplou a dança das chamas em torno da lenha ardente. Após alguns minutos, o pastor examinou as brasas, cuidadosamente apanhou uma brasa ardente e deixou-a de lado. Então voltou a sentar-se e permaneceu silencioso e imóvel. O anfitrião prestou atenção a tudo, fascinado e quieto. Então diminuiu a chama da solitária brasa, houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou de vez. Logo estava frio e morto. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o cumprimento inicial. O pastor antes de se preparar para sair, recolheu a brasa fria e inoperante e colocou-a de volta no meio do fogo. Imediatamente começou a incandescer uma vez mais com a luz e o calor dos carvões ardentes em torno dela. Quando o pastor alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse:
- Obrigado tanto por sua visita quanto pelo sermão. Eu estou voltando ao convívio da igreja. Deus te abençoe!



Que Deus continue abençoando sua vida!

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